Print da mensagem recebida no celular. O nome foi preservado
Martha Imenes
O celular toca, na tela um número desconhecido, ao atender, a vítima ouve uma mensagem eletrônica informando tratar-se do banco (que trataremos como X) e que foi identificada a tentativa de uma compra no valor de R$ 2.800. O golpe entra em curso: a ligação eletrônica pede que o usuário digite seu CPF e, em seguida, é direcionado a um atendente humano.
O falsário pede confirmação de informações pessoais como número de documentos (identidade e CPF), o número da conta-corrente, e até a senha bancária. A reportagem recebeu uma dessas ligações e ao questionar como conseguiram os dados bancários, o golpista desligou o telefone.
Outro golpe envolvendo bancos é a troca de cartão com chip por suspeita de fraude. Uma pessoa liga para o correntista e avisa que houve tentativa de compra irregular utilizando os dados do cartão e alerta que pode ter havido clonagem dos números. O correntista, obviamente, fica apreensivo. Nesse momento o falsário diz que enviará um motoboy para retirada do cartão na residência do cliente e que o plástico será inutilizado. No entanto a parte que contém o chip não é invalidada. A Fenaban já emitiu alerta sobre essa prática ilegal.
Descontos e juros
Em meio a descontos indevidos outra tentativa de golpe assombra aposentados e pensionistas do INSS: a restituição do dinheiro descontado no contracheque. Uma pensionista recebeu uma mensagem por SMS informando sobre reembolso por redução de juros abusivos em consignado e um link para clicar. O acesso não foi feito por precaução, mas especialista em segurança cibernética informou que não se deve acessar endereços eletrônicos desconhecidos para evitar vazamento de dados pessoais.
“O link pode conter um programa espião que se instala no celular e captura documentos e senhas do usuário. De posse desses dados o golpista pode realizar compras, fazer empréstimo, e mais uma gama de golpes que pode deixar o dono da conta em maus lençóis e endividado”, alerta Fábio Machado, especialista em cibersegurança.
Aposentados e pensionistas do INSS têm recebido links pelas redes sociais com uma suposta página que disponibiliza consultas e saques de indenização, e para isso solicitam que seja informado o número do CPF. Não caia! É golpe para roubar informações pessoais.
Para saber de forma segura se houve desconto de mensalidade associativa no extrato de pagamento, basta acessar, com login e senha, o Meu INSS (site ou aplicativo), clicar em “Consultar Benefício” e, em seguida, em “Extrato de Pagamento”. Clique no mês que aparece (por padrão, aparecem somente as duas últimas competências, mas é possível visualizar as anteriores também). Na tabela que aparece, irá constar o possível valor do desconto, se houver. No próprio Meu INSS pode ser solicitada a exclusão da mensalidade associativa não reconhecida.
Prova de vida como 'isca'
A prova de vida tem servido de isca para pegar dados de aposentados e pensionistas do INSS. Neste caso, a vítima recebe uma mensagem no celular onde é "informada" que a comprovação anual está pendente. Para evitar o bloqueio do benefício, os golpistas pedem que o beneficiário entre em contato por um telefone com o número disponibilizado na mensagem. Ao ligar, o criminoso tem acesso aos dados pessoais do aposentado.
Importante
Desde 2023 cabe ao INSS fazer a comprovação de vida de aposentados e pensionistas. O procedimento é feito por cruzamento de dados. Os beneficiários não precisam se dirigir ao banco ou ao INSS. Somente em casos excepcionais, o aposentado ou pensionista será comunicado pelo Meu INSS que precisa comparecer à uma agência da Previdência Social. O telefone para tirar dúvidas no INSS é o 135.
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