Marcas e entidades brasileiras participam de feira varejista em NY

Por Viviane Faver, de NY

Marcas brasileiras participam de evento do setor varejista em Nova York, nos Estados Unidos, e mostram no exterior o diferencial de produtos brasileiros. Das 800 empresas participantes na 110ª Convenção Anual realizada pela National Retail Federation (NRF), a maior organização varejista do mundo, 20 marcas eram brasileiras. Também estiveram presentes diretores da Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac), e os presidentes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomercio-RJ) e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Antonio Florencio de Queiroz Junior e José Roberto Tadros, respectivamente.

Empreendedores do mundo inteiro estiveram em Nova York com o principal objetivo de debater novas soluções e inovações que os fornecedores de software reservam para 2020. Este ano, dois temas recorrentes foram predominantes: como organizar estoque em lojas para não perder vendas e o uso de robôs para otimizar processos.

O evento não se limita só a um lugar, ele toma conta da cidade com a Retail Week, que inclui eventos pré e pós-convenções em toda a cidade de Nova York, como o Retail ROI SuperSaturday, o VIP Awards e o Rock & Roll Underground, entre outros.

Em entrevista exclusiva, o presidente da Fecomércio-RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, ressalta a importância do evento. “Sempre trazemos uma delegação para visitar a feira. Nesta temos uma novidade que é um projeto em andamento com o consulado brasileiro em NY de intercambio entre empresários americanos e brasileiros”, conta Queiroz.

O presidente da Fecomercio-RJ explica que o projeto consiste em mostrar como funciona o setor varejista no Brasil para os americanos e vice-versa, facilitando assim possíveis trocas de investimentos.

Para ele o melhor tema abordado durante o evento foi a retomada da discussão sobre a loja física e a virtual. “Há dois anos existiu uma discussão muito forte sobre que a loja física iria acabar por causa das lojas online, era quase uma verdade absoluta. Porém nesta edição foi ressaltado a a importância da relação física e a experiencia de venda com os clientes. Isto me deixou muito animado. Existe sim a possibilidade forte de se trabalhar em conjunto físico e virtual” , comemora.

Segundo Queiroz, o mercado brasileiro está reagindo e já é possível enxergar o horizonte de maneira suave. Para ele, o que precisa ser trabalhado no Brasil neste momento é o setor de telefonia, que não está bom, e convencer os empresários que a grande ferramenta hoje em dia é a capacitação de seus funcionários.

Ao contrário da Fecomercio, que participa desde a sua primeira edição, a Ablac teve sua primeira participação no evento. Segundo o diretor da associação, Marcone Tavares, para 2020 haverá uma revolução no varejo de calçados brasileiros.

“Essa revolução estará alicerçada em tecnologia e experiência de compra do consumidor,e uma feira nesta magnitude induz o investimento, modernização e grandes movimentos podem surgir”, diz.

Tavares explica que as principais necessidades do setor são a precisão no controle de estoque e novas formas de atender o cliente de modo que a marca esteja sempre presente ao consumidor. Ou seja, online ou offline, assim os estandes/tecnologias que mais prenderam a atenção dos associados foram as diversas formas do controle de fluxo com reconhecimento facial e os modernos POS (checkout).

“Os temas abordados que mais prenderam a atenção durante as palestras foram customização/personalização de produtos, desenvolvimento de marcas, empoderamento dos funcionários e as incríveis formas de atender do Alibaba”, conta sobre sua experiência na feira.

Já o presidente da CNC, José Roberto Tadros, conta que é extremamente importante a CNC se fazer presente para acompanhar a evolução do varejo com toda a moderna tecnologia que o mundo esta implantando, lembrando que o Brasil ainda é a oitava economia e a quinta maior população do mundo e precisa rapidamente se inserir nesse processo porque o sistema capitalista evoluiu permanentemente.

Tadros conta que a CNC estuda promover um evento no Brasil similar a NRF ainda esse ano de forma que seja acessível a pequenos, médios e grandes empresários visando o um maior contato com novas tecnologias e exemplos que ajudem no desenvolvimento diante do novo cenário.

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